Hoje em dia é cada vez mais comum vermos jovens, adultos e crianças, afogados no mundo das drogas e todos ficam se perguntando por que isso acontece?
- Pois bem, no nosso país onde a corrupção e a violência caminham lado a lado e a justiça ainda não achou seu lugar, é fácil saber onde tudo começa.
Estava na cara... Mas eu não percebia, não sabia e não queria identificar. Se no passado, antes do pior acontecer, nós tivéssemos tido um relacionamento mais aberto, se eu também tivesse um pouco mais de conhecimento sobre a droga, se eu estivesse mais próxima dele, talvez ele não tivesse entrado na droga como entrou... Enfim, são muitas as dúvidas e aquela culpa, aqui dentro, por não termos feito mais do que fizemos...
Como conseqüência deste desconhecimento e do preconceito que existe em torno deste assunto... Levam os familiares muitas vezes, imaginar que a droga na vida do jovem é passageira, e por isso não precisam se preocupar.
O que a maioria não sabe é que a dependência é uma doença grave, que precisa ser tratada. Infelizmente ainda predomina a idéia de que o usuário de drogas é um mau caráter, um fraco, um marginalizado.
Muitas vezes, os jovens quando procuraram tratamento já estão deteriorados física e mentalmente. Eles acumulam problemas na escola, no trabalho, em casa com comportamentos delinqüentes, e isso destrói a harmonia familiar:
- O pai não consegue mais trabalhar, a mãe não dorme, surgem desavenças onde um fica colocando a culpa no outro. Mas na verdade não existem culpados e sim responsáveis pela situação imposta, por um diálogo que faltou, por um carinho sonegado, enfim por um elo quebrado, sabe-se lá onde e quando?
Se a família já era problemática, então a situação piora... Tudo gira em torno do drogado, o qual passa a ser visto como o principal culpado da infelicidade geral, enfim ele torna-se o depositário de todos os desfortunios familiares.
Esta dinâmica evolui imperceptivelmente e os demais membros vão ficando neuroticamente comprometidos, em outras palavras, tão ou mais doentes que o dependente químico, pois bem essa loucura familiar tem nome e chame-se CODEPENDÊNCIA.
Esta loucura ganha espaço em famílias de indivíduos dependentes químicos. Na verdade a codependência, é uma doença emocional que se caracteriza pela necessidade de controlar o uso de álcool ou drogas do outro, e na medida em que o familiar percebe a impossibilidade do controle, surge um sentimento de impotência, que por sua vez gera raiva e desesperança.
Outro sentimento que acompanha o codependente é a culpa, onde foi que eu errei? Essa culpa persegue a família dos dependentes químicos. Há também o medo, as sensações de sobressalto: como ele vai chegar em casa hoje, etc...
As discussões e agressões familiares vão se tornando cada vez mais intensas e constantes, muitas vezes terminando em tragédias amplamente divulgadas pela mídia.
Então, aprendi na terapia que tudo é verdade, menos dizer que a recuperação de quem se torna dependente dessa droga é impossível. Ela é rara, mas é possível sim.
A dependência química é uma doença crônica que tem impacto diferente em cada pessoa e exige um tratamento contínuo. Mesmo chegar à sobriedade é uma meta a ser construída, os jovens que conseguem sair do vício são os que percebem que estão muito doentes e querem se tratar.
"O viciado dá um grande passo à frente quando sabe que precisa de ajuda".
Enfim, a força de vontade e o apoio familiar são essenciais quando o dependente volta para casa. Mas o mesmo permanece dependente a vida toda...
E talvez assim, com muita compreensão e amor, cada um fazendo a sua parte, nos libertamos desta Loucura Familiar...
Autoria Marilia
- Pois bem, no nosso país onde a corrupção e a violência caminham lado a lado e a justiça ainda não achou seu lugar, é fácil saber onde tudo começa.
Estava na cara... Mas eu não percebia, não sabia e não queria identificar. Se no passado, antes do pior acontecer, nós tivéssemos tido um relacionamento mais aberto, se eu também tivesse um pouco mais de conhecimento sobre a droga, se eu estivesse mais próxima dele, talvez ele não tivesse entrado na droga como entrou... Enfim, são muitas as dúvidas e aquela culpa, aqui dentro, por não termos feito mais do que fizemos...
Como conseqüência deste desconhecimento e do preconceito que existe em torno deste assunto... Levam os familiares muitas vezes, imaginar que a droga na vida do jovem é passageira, e por isso não precisam se preocupar.
O que a maioria não sabe é que a dependência é uma doença grave, que precisa ser tratada. Infelizmente ainda predomina a idéia de que o usuário de drogas é um mau caráter, um fraco, um marginalizado.
Muitas vezes, os jovens quando procuraram tratamento já estão deteriorados física e mentalmente. Eles acumulam problemas na escola, no trabalho, em casa com comportamentos delinqüentes, e isso destrói a harmonia familiar:
- O pai não consegue mais trabalhar, a mãe não dorme, surgem desavenças onde um fica colocando a culpa no outro. Mas na verdade não existem culpados e sim responsáveis pela situação imposta, por um diálogo que faltou, por um carinho sonegado, enfim por um elo quebrado, sabe-se lá onde e quando?
Se a família já era problemática, então a situação piora... Tudo gira em torno do drogado, o qual passa a ser visto como o principal culpado da infelicidade geral, enfim ele torna-se o depositário de todos os desfortunios familiares.
Esta dinâmica evolui imperceptivelmente e os demais membros vão ficando neuroticamente comprometidos, em outras palavras, tão ou mais doentes que o dependente químico, pois bem essa loucura familiar tem nome e chame-se CODEPENDÊNCIA.
Esta loucura ganha espaço em famílias de indivíduos dependentes químicos. Na verdade a codependência, é uma doença emocional que se caracteriza pela necessidade de controlar o uso de álcool ou drogas do outro, e na medida em que o familiar percebe a impossibilidade do controle, surge um sentimento de impotência, que por sua vez gera raiva e desesperança.
Outro sentimento que acompanha o codependente é a culpa, onde foi que eu errei? Essa culpa persegue a família dos dependentes químicos. Há também o medo, as sensações de sobressalto: como ele vai chegar em casa hoje, etc...
As discussões e agressões familiares vão se tornando cada vez mais intensas e constantes, muitas vezes terminando em tragédias amplamente divulgadas pela mídia.
Então, aprendi na terapia que tudo é verdade, menos dizer que a recuperação de quem se torna dependente dessa droga é impossível. Ela é rara, mas é possível sim.
A dependência química é uma doença crônica que tem impacto diferente em cada pessoa e exige um tratamento contínuo. Mesmo chegar à sobriedade é uma meta a ser construída, os jovens que conseguem sair do vício são os que percebem que estão muito doentes e querem se tratar.
"O viciado dá um grande passo à frente quando sabe que precisa de ajuda".
Enfim, a força de vontade e o apoio familiar são essenciais quando o dependente volta para casa. Mas o mesmo permanece dependente a vida toda...
E talvez assim, com muita compreensão e amor, cada um fazendo a sua parte, nos libertamos desta Loucura Familiar...
Autoria Marilia
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